Visitam-me inquietas
sombras sem corpo
Das vidas outras que
não foram e nunca serão,
Das vidas outras que
nunca vieram
Que talvez venham,
talvez não.
Velas bruxuleantes de
esmaecido brilho
Projetam inquietas
sombras sem corpo
Pela noite, pelo
ladrilho, pelo quarto,
Oh Sombras, fantasmas
sois de arrependimentos.
Inquietas Sombras sem
corpo desfilam formas,
deslizam informes
polimorfas, desejos e frustrações.
Que entidades serão
estas inquietantes Sombras?
Fantasmas do passado ou
apenas sombra na escuridão?
Oh. Inquietas Sombras
sem corpo a roto,
mesmo no escuro se
destacam persistentes.
O corpo que lhes
faltam, Oh inquietantes Sombras,
Lhes neguei existência
quando optei pelo que sou.
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