sexta-feira, 15 de julho de 2011

Brasil Folclórico

Olha Quanta imperfeição
Pra descrever o capeta,
A mula é descabeçada
O Saci é perneta.

Lobisomem, pobre coitado
É só indefinição:
É lobo que vira homem?
É homem que vira lobo?
Ou é
 lenda do sertão?

Santo Reis quanta ventura
Importado do Oriente.
Corta jaca corta tristeza
Nos janeiros de nossa gente.

Óh Boi da minha bumba,
Óh que lindo boi bumbá.
Alegra a criança adulta
E a pequena vem assustá.

Em festas do mês de junho
Comidas e fogo no terreiro.
Mocinhas fazem promessa
Para Antônio casamenteiro.

No Rio ou na Bahia,
O samba, o frevo ou a folia.
É a alegria do meu povo,
E meu povo só euforia.

Toma tchê, teu chimarrão,
Toma cá tua condução
Vá no lombo deste potro
Pra querida Viamão.

No tabuleiro da baiana
Tem muito acarajé,
Yemanjá, adoyá a mãe
Todo pescador tem fé.

Tem boi que é Caprichoso
O outro é Garantido
Lá no seio da Amazônia
Não sei qual é mais bonito.

No agreste nordestino,
Na seca do sertão,
Caminha rumo ao sul,
Rumo ao sul mais um irmão.

Nesta terra vou lhe dizer
Nasci e aqui quero morrer.
Aqui vivo e se for preciso
Por ela quero sofrer.

Nada de anglo, nada de saxão.
Quero as mulatas cabrochas
Sambando de pé no chão.

Que o Senhor do Bonfim
Bom termo dê a minha missão:
Cantar do Brasil seu Ouro,
Seu Ouro a População.

Amarildo Serafim - 08/2002

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