terça-feira, 16 de novembro de 2010

Velha pouca vida!


Muitos por aqui vieram morar
Por infinitas razões e motivos mil.
Uns para viver a vida
Ainda pouco vivida.
Outros para o que resta
De tão velha pouca vida,
Que embora já sendo pouca,
Nem sempre bem vivida.
Insiste em manter-se viva,
Insiste em manter-se vida.

Para uns última morada
Antes da morada definitiva.
Para uns ponto de chegada,
Para outros ponto de partida.
Seja na chegada, seja na saída,
Para cá trazem ou deixam
Sempre um quinhão de pouca vida.
E tanto que vão deixando
Pouca vida em tantos cantos,
Um dia lhes falta vida,
Que ao longo de toda ela,
Sempre míngua e restringida,
Até que, enfim, acaba a vida
E se vai desfavorecida, pouca vida.

Aos que estão, então, a chegar,
Ou tão já se vão partindo
A velha máxima vão cumprindo:
Não importa se é vida nova
Ou velha já se extinguindo.
Desta vida que é pouca vida
Estamos sempre de despedida.

Amarildo Serafim(24/08/2004-20/09/2006)

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