Quando se acabarem as sombras, e não houver luz ou escuridão;
Quando se cessarem os algozes, e formos libertos da prisão;
Quando se encerrarem os cansaços, e não nos limitar limitação,
Seja do corpo, da mente ou do coração;
Quando os relógios tiritarem mecanicamente, não mais ditar o que fazer.
Nem o som de balas na noite irão impor revolução.
O dinheiro será papel em vão, tão vão, quanto o papel do homem dele dependente.
Cercas e muros já não adiantarão, portas e portões de chave desprovidos.
Tudo que feche ou impede de entrar será da mesma forma banido.
Pois, a mudança virá de dentro e abrirá espontaneamente sem represália.
Virá com uma força incomparável à outra que já existiu.
Deitará toda barreira mais que a ogiva que já se explodiu.
Não haverá guerra ou grito de independência como já se ouviu.
Aos que impuserem resistência lhe será igualmente vão.
Quem ousar resistir-lhe a força invadido igualmente será,
Tal qual aquele que aceitar.
Não haverá quem resista, jamais haverá quem se compare.
Toda técnica e avanço obsoleto serão em vista de tão grande minúcia.
Diante de tamanha simplicidade, que lhes tornará tão evidente,
E dela se dirá: “Como antes não se pensara?!”
Assim seja, Assim será.
Assim que nos sobrevier o tempo, Assim que o tempo se esgotar.
Quando chegar a época, de uma nova época se iniciar.
Virá do mesmo modo que tudo vem, só não irá como tudo vai.
Permanecerá, enquanto o resto se foi e não voltará a ser.
O permanente lhes dará a permanência, então sereremos eternos.
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