Quisera
eu ser o primeiro teu,
Tu
que foste já de tantos.
E
se não apenas lhe tirar suspiros,
Também
tirar-lhe o pranto.
Teus
lábios que a outros lábios satisfez,
Teu
corpo que assim moreno
Seja
agora a nossa vez.
Dar
asas a vontade, dar verdade a vossa tez.
Vivamos
o mesmo amor que era pecado.
Amor
tratado com repressão e condenação.
Amor
feito com a carne, a carne do coração.
Temperado
com vontade, bem como emoção.
Que
se queime na superfície
Do
teu corpo quente, o incenso e a sensibilidade.
Tua
contrição e tua vaidade.
Caiam,
enfim, os tecidos que impedem a libido.
Elevada
a uma nova dimensão de sensação.
Arrebatado,
então, de volta pelo calor e frisson.
Deleite-me
em você, deleite-se de mim.
Enfim,
relaxados, deixe-se, tu em mim
eu em você.
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