terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Adorno

Cá estamos o branco do papel e eu, Poeta Leviano,
Numa mão a pena dispersando palavras ao léu,
Na outra um lenço com resquícios e cheiro de céu.
No corpo as marcas de um desejo insano,
Na boca o sabor adocicado de repetir o profano.
Na memória marcas de lembrança cinzelada.
Que mesmo no romper da vida, volta enevoada.
Volta pra fazer ver e crer o que enfim vale a pena.
Volta no dizer de outro poeta:
“Tudo vale quando a alma não é pequena”.
Dirão “Poeta Louco”, os assim tidos normais.
Dirão “poeta impuro”, os santos e seus iguais.
Dirão “Poeta”, os que, talvez, fizeram até mais.
Dirão desejar ser matéria-prima de poesia
Mulheres de cuja a vida se entedia.

Amarildo Serafim – 21/02/2012

Um comentário: