Onde estás, ó Virgem
Filha
Das Tribos de Ismael?
Pois, desde sempre, a
muito
Tempo estou a te
esperar.
Conte-me teus sonhos e,
Neles me guarde
eternamente.
Encerra, tu e a mim nos
sonhos,
E sonhe-os agora e
sempre.
Onde estás, ó Virgem
Filha?
Conta-me o teu viver,
Diga-me do teu pranto,
Se, vem ele do teu
sofrer.
Sabei ó Virgem filha,
Vou retesar meu arco e
flecha,
Embainharei a minha
espada
De guerra não mais
viverei.
Viverei do beijo seu
Do abraço seu,
Vou nutrir-me do teu
mel,
Vou
beber do leite seu.
Vou prestar-lhe
obediência,
Vou ser sempre um
guardião,
Toda habilidade da
batalha
Sempre a sua
disposição.
Não choreis, ó Virgem
Filha,
Estou de cavalo a
cavalgar.
Vou pôr-me a serviço
do teu senhor
Em troca de poder te
amar.
O vento que me toca a
face
Enxuga as lágrimas,
alivia o pranto.
A palavra da tua boca
Acalma a alma e dá
acalanto.
Esperai ó Virgem
filha,
Muita espera não
haverá.
Entrarás em minha
tenda
Amante e Mulher serás.
Teus lábios, nos
lábios meus.
Teu corpo, no corpo
meu.
A alma e coração,
contudo,
Apenas um pra você e
eu.
Amarildo Serafim - 12/2005
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