quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Eu quero uma luz...


Eu quero uma luz que guie pra fora,
ainda que parca e tímida, mas que seja agora.
Eu quero uma luz, no escuro de noite sem fim.
Luz que ilumina os caminhos e as feridas em mim.

Preferiria que fosse a luz de um ou dois sóis.
Pra acabar com a noite eterna que paira sobre nós.
Eu quero luz, luz simples que puder eu ter ou merecer,
Luz sobre as sombras e as penumbras feito lençóis.

Eu quero que me acendam uma luz das fracas ou qualquer,
Luz que leve à porta e aclare a rota torta, quais curvas de mulher.
Luz pelas trilhas vagas, de vaga-lume que seja, é meu ensejo,
Que quebre a densidade sufocante desta ausência de luz qualquer.

Ah como eu quero que da luz que me desses fosse a de maior brilho,
Mas quão necessitado, envolto em trevas, da luz me venha um raio só.
Para tocar minha pele esbranquiçada, desacostumada de solar efeito,
Perfeito! Isso quero: uma luz entre bem desse jeito.
Ou quero uma porta para findar a dor do leito? 

Amarildo Serafim - 01/02/2013