quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conceituando o Amor


O amor é sem razão
É geometria enlouquecida,
É a lógica em profusão.
A química do descontrole
Sob controle da paixão.

São retas paralelas,
Vocacionadas a separação.
Almejando no infinito
Enfim uma sobre punção.

É um em função do outro,
Na função de se multiplicar.
O amor é transformação
É o resgate do pretérito, Gerúndio.

Deixando o verbo “amava”,
Para “amando” se conjugar.
No presente do indicativo
Livre da dúvida quando no subjuntivo.

O Amor é a raiz quadrada do viver.
É o mínimo múltiplo comum de todo ser.
É o sentimento de equação,
Entre o seu e o meu coração.

O Amor é um conceito claro,
Mas sempre subjetivo.
O Amor como explica-lo?
Divagar se faz preciso!

(Amarildo Serafim)

Hino de Libertação


A América do povo latino,
Reclama seu devido valor.

O operário pede salário,
Dignidade o lavrador.

Tem gente que quer casa,
E casados que querem pão.
Crianças que querem escola,
Analfabetos educação.

Nesta América partida,
O indígena quer seu chão.
Desempregado quer trabalho,
Quer Ter paz em sua nação.

Povo simples da favela
Sorrir de novo é aspiração.
O Pedreiro quer construir
Sua própria habitação.

Eu também quero Ter paz,
Quero ouvir nova canção.
Cantada pela voz de todos
Sob o sol da libertação.
          
(Amarildo Serafim - 1998)